Hoje é dia do amigo, então vamos falar sobre amizade infantil!
As crianças possuem um jeito bem particular de ver o mundo e também de se relacionarem umas com as outras. Existem várias formas de amizade, principalmente na infância. Desde amigos imaginários até amigos de escola. As crianças sentem uma identificação, ou mesmo uma necessidade de ajudar ou ser ajudado por alguém próximo de sua idade, e assim nasce uma amizade.
Crianças pequenas podem sim ser amigas, mas de um jeito bem peculiar. É comum brigas, mordidas e pegar o brinquedo do amigo sem autorização. O choro embala essa amizade de berço. O importante é que sempre tenha um responsável por perto, para evitar as agressões e diminuir os atritos. Os pais devem conversar com seus filhos, explicando que não se deve machucar o amigo, mas não se deve afastar a criança do convívio dos outros, é preciso que ela entenda como se relacionar e aprenda a conviver em harmonia com os amiguinhos. Com a supervisão e paciência dos responsáveis o pequeno logo terá grandes amigos.
Por volta dos 4 anos a criança começa a perceber o seu lugar no grupo, e muitas vezes, nessa época, surge o "líder" da turma. O "líder" é aquele que coordena as brincadeiras, que escolhe as atividades e que impõe de alguma forma sua vontade sobre os outros. Isso é algo normal e bem comum. Todos nós possuímos características mais ativas ou passivas em alguma área. Os responsáveis devem ficar atentos para que essa ação ou submissão seja natural e não prejudique nenhum dos envolvidos. Geralmente os pais desejam que seus filhos sejam os grandes líderes, mas nem sempre isso acontece, algumas vezes ele prefere se colocar na posição de seguidor do amiguinho. Desde que exista um diálogo e a garantia de que a criança está confortável no papel que exerce está tudo bem. É importante ressaltar para os pequenos que não se deve oprimir um ao outro, que as brincadeiras devem ser escolhidas em comum acordo e que nenhum deles é obrigado a fazer o que não quer, o diálogo é sempre a melhor maneira de educar e garantir o bem estar da criançada.
Na fase infantil costumam haver separações entre meninos e meninas. A "Turma da Luluzinha" para um lado e a "Turma do Bolinha" para o outro. Isso também é comum, e ocorre principalmente por identificação. As crianças costumam se aproximar das que gostam das mesmas coisas, possuem brinquedos semelhantes ou gostem da mesma brincadeira. O importante é que os pais expliquem que não se deve haver preconceito entre um círculo de amizade. E que é saudável que meninos e meninas brinquem juntos. Quanto mais diversificado o grupo de amigos, melhor é para a criançada.
Nem sempre a criança vai ter amigos que tiveram a mesma criação e possuem os mesmos valores que ela. As pessoas são diferentes e devem aprender a conviver com essas diferenças desde pequenas. Se o seu filho tem um amigo que você não gosta muito, ou que é muito bagunceiro ou mesmo mal educado, não se desespere e nem tente romper a amizade. Ensine a criança sobre as diferenças e converse, explique que alguns comportamentos não são legais e que nem tudo o que o amigo faz é certo. Demonstre que você quer o melhor para ele e que algumas atitudes não devem ser copiadas. Uma conversa sincera e bem explicada faz com que a criança entenda exatamente o que se espera dela e o que é certo ou não fazer.
Outra situação em que os pequenos aprendem a lidar com as diferenças é na idade em que começam a dormir na casa dos amiguinhos. É de extrema importância que as famílias se conheçam e que os pais confiem uns nos outros, para assegurar a segurança da criança. A idade ideal para poder dormir na casa de outra pessoa varia, é preciso que os pais conheçam seus filhos e saibam quando eles estarão preparados. Em uma casa diferente, com outra família e longe dos pais a criança terá novas experiências, ganhará autoconfiança e terá que lidar com a diversidade. Dormir em um horário diferente, comer coisas diferentes, conviver com uma outra família e se ver como alguém independente são desafios que o ajudarão a se desenvolver. Se por acaso a criança não se sentir segura o suficiente ou não gostar da experiência, não force. Sugira outras atividades para seu filho ter com os amiguinhos (passeios ou mesmo passar apenas uma tarde na casa do outro,são exemplos).
Existem situações em que a criança se espelha em um amigo. Passa a querer roupas e brinquedos iguais. Isso acontece por uma admiração que ela sente pelo outro, ou mesmo a necessidade de se encaixar em um determinado grupo. Os pais devem ficar em alerta para que a criança não perca a sua identidade. Converse, explique e entenda. Evite comparações e competitividade, cada pessoa é diferente e cada um tem o seu tempo. Mostre para a criança que a ama e que ela é incrível da maneira dela.
A escola é um dos principais lugares para se fazer amigos, brincar e se conhecer. Mas como lidar com a mudança de escola? É preciso conversar com a criança e explicar que apesar da mudança ela pode manter contato com os antigos amigos e ainda fazer novos. Marcar passeios com os antigos colegas ou fazer outras atividades que os mantenham próximos faz com que fortaleçam o laço de amizade. O difícil é quando existe a mudança de cidade, ou mesmo a separação das amizades feitas durante as férias. Mostre para seu filho maneiras de continuar conversando com os amigos de longe. Enviar fotos e vídeos, escrever cartinha ou um e-mail e até participarem de jogos online com o coleguinha distante. São formas de ajudar a criança a cultivar suas amizades.
Um belo dia você pode encontrar o seu filho
falando sozinho, ou melhor, aparentemente sozinho. É a fase dos amigos
imaginários. Grande parte das crianças passam por isso, e é bem natural. O
amigo imaginário é apenas uma das formas de lidar com a realidade. Algumas
crianças usam um brinquedo como amigo (bichos de pelúcia e bonecos são usados
normalmente para personificar a fantasia), outras possuem amigos invisíveis. A
fantasia é importante para auxiliar no desenvolvimento da criança, e os amigos,
mesmo irreais, servem para ajudar a lidar com conflitos internos, limites e
emoções. É recomendado que os pais entrem na brincadeira, sem repreender ou
tirar sarro da criança. É uma fase importante para ela e a participação dos
pais nas fantasias faz com que se sintam seguras e confiem seus sentimentos à
eles. A despedida do amigo imaginário ocorre de forma natural e gradativa, ao
crescer, a criança encontra outros meios para lidar com seus conflitos e começa
a conviver mais com amigos reais, aos poucos vai deixando de lado o amigo
imaginário. O importante é que tudo tenha limite, se a criança deixa de
conviver com outras pessoas por conta de um amigo invisível, ou passa a se
alimentar pouco, não querer ir para a escola ou apresentar qualquer
outro problema de comportamento, o ideal é ficar de olho e procurar ajuda.
Incentive seu filho a fazer amigos. Se ele for tímido, não pressione, mas ajude-o. Mostre a criança incrível que ele é e quão importante é ter pessoas que gostamos por perto. E o mais importante, seja sempre um amigo do seu filho! Não só pai, mãe, tia, avó, irmão, amigo e companheiro também!
Feliz dia dos Amigos!
Fontes:
http://www.vidaesaude.org/
http://revistacrescer.globo.com/
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