Poucas coisas cortam mais o coração dos pais (e/ou responsáveis) do que ver a criança chorar. Seja por dor, medo, raiva ou frustração, quando o pequeno começa a abrir o berreiro a primeira reação costuma ser a de silenciá-lo o mais breve possível. "Não foi nada!", "Vem aqui, já passou", "Deixa pra lá" "Ei, não chora".
A tentativa de abreviar o sofrimento da criança, de fazê-la sorrir de novo e evitar a tristeza não é boa. Crianças ainda não sabem como lidar com os sentimentos, ou seja, um choro por um motivo "bobo" para ela é algo sério. Devemos ouvir, deixar com que ela lide com o que está sentindo e ajudá-la quando necessário.
Esse é o momento de aprendizado emocional que toda pessoa passa e cabe aos adultos auxiliar, porém sem minimizar os sentimentos dos pimpolhos.
Que tal da próxima vez que o chororô começar você respirar fundo e ter uma abordagem diferente? Pergunte o que houve, deixe a criança se expressar, reconforte se necessário, ou mesmo, dê espaço para ela.
Ensiná-la a nomear seus sentimentos e como lidar com eles é uma ótima alternativa. O choro é comum, tanto na infância como na vida adulta. Então converse, ouça e esteja presente para apoiá-la. Ponha-se no lugar do pequeno, não minimize a dor dele, por menor que possa lhe parecer, mostre que você está ali para ouvi-lo e ampará-lo.
Em vez de recomendar que o pequeno deixe de chorar, o The Gottman Institute sugere dez frases, que aparecem no cartaz a seguir:
- Tudo bem se sentir triste.
- Isso é bem difícil para você.
- Estou aqui com você.
- Me conte o que aconteceu.
- Eu entendi.
- Isso foi bem assustador, triste etc.
- Eu vou te ajudar a resolver.
- Estou te ouvindo.
- Eu entendi que você precisa de espaço. Quero estar aqui para você. Estarei perto para que você possa me achar quando estiver pronto.
- Não parece justo.
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