terça-feira, 28 de agosto de 2018

O que dizer no lugar de “Pare de chorar”


    Poucas coisas cortam mais o coração dos pais (e/ou responsáveis) do que ver a criança chorar. Seja por dor, medo, raiva ou frustração, quando o pequeno começa a abrir o berreiro a primeira reação costuma ser a de silenciá-lo o mais breve possível. "Não foi nada!", "Vem aqui, já passou", "Deixa pra lá" "Ei, não chora".

    A tentativa de abreviar o sofrimento da criança, de fazê-la sorrir de novo e evitar a tristeza não é boa. Crianças ainda não sabem como lidar com os sentimentos, ou seja, um choro por um motivo "bobo" para ela é algo sério. Devemos ouvir, deixar com que ela lide com o que está sentindo e ajudá-la quando necessário.
    Esse é o momento de aprendizado emocional que toda pessoa passa e cabe aos adultos auxiliar, porém sem minimizar os sentimentos dos pimpolhos.
    Que tal da próxima vez que o chororô começar você respirar fundo e ter uma abordagem diferente? Pergunte o que houve, deixe a criança se expressar, reconforte se necessário, ou mesmo, dê espaço para ela.
    Ensiná-la a nomear seus sentimentos e como lidar com eles é uma ótima alternativa. O choro é comum, tanto na infância como na vida adulta. Então converse, ouça e esteja presente para apoiá-la. Ponha-se no lugar do pequeno, não minimize a dor dele, por menor que possa lhe parecer, mostre que você está ali para ouvi-lo e ampará-lo.
    Em vez de recomendar que o pequeno deixe de chorar, o The Gottman Institute sugere dez frases, que aparecem no cartaz a seguir:
  1. Tudo bem se sentir triste.
  2. Isso é bem difícil para você.
  3. Estou aqui com você.
  4. Me conte o que aconteceu.
  5. Eu entendi.
  6. Isso foi bem assustador, triste etc.
  7. Eu vou te ajudar a resolver.
  8. Estou te ouvindo.
  9. Eu entendi que você precisa de espaço. Quero estar aqui para você. Estarei perto para que você possa me achar quando estiver pronto.
  10. Não parece justo.



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